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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Festas e Culturas Populares







Trabalho de urbanismo

Relatório – Viagem à São Luiz do Paraitinga








Grupo:
Ana Vitória Nadalin
Andréa Toth
Paloma Fontes
Rafaela Justo                                                 20/10/2012



Cultura e festas populares
Sobre o tema culturas e festas populares, entrevistamos o senhor Benedito Filadelfo de Campos Netto e ele nos revelou o quão importante para a cidade é este tema. As festas religiosas  o carnaval atraem muitos turistas que movimentam a economia de São Luiz do Paraitinga.

Um pouco sobre comidas típicas:
Pratos simples e rústicos surgiram com a fusão das culturas indígena, africana e europeia. Canjiquinha com costela de porco, feijão tropeiro, afogado (ensopado de carne de vaca servido com farinha de mandioca) e galinha caipira ao molho são alguns dos pratos encontrados em restaurantes típicos na cidade.
Outra peculiaridade de São Luiz é o pastel de farinha de milho, encontrado no Mercado Municipal onde ficam também outros bares e restaurantes. 
Para um café da manhã típico de interior, além do leite e do pão frescos, procure o requeijão de prato, uma espécie de cream cheese feito na zona rural do município. 
Fãs da culinária oriental também encontram um espaço na cidade no restaurante Sol Nascente, que prepara pratos típicos, como yakisoba e teppan de salmão, e até uma curiosa lasanha de shitake que faz sucesso entre os visitantes.
 

FESTA DO DIVINO -  Uma das mais populares,e famosas festas da cidade,sendo ela,de origem religiosa.Acontece todo ano na sexta-feira de pentecostes.  Ela dura, ao todo, 10 dias, nos quais são realizadas cerca de 20 procissões. O principal dia da festa,é conhecido como ''Grande Dia''. A cidade é despertada por volta das 6:00 horas com o toque da alvorada, realizado pela banda de música e pelo batuque da congada. As missas e as apresentações folclóricas se revezam. Congadas, moçambiques, pau-de-cebo, o casal de bonecões João Paulino e Maria Angu, cavalhadas, distribuição de doces para o povo, brincadeiras para as crianças, como as corridas de ovo e corrida de saco.
Há também na mesma,a distribuição gratuita aos visitantes da festa,de um prato caipira típico, o afogado. Para prepará-lo são abatidas de 15 a 20 vacas.


Porém,antes disso tudo começar a ser realizado, um grupo de pessoas se reunem e tem um papel fundamental na realização da Festa, o que é chamado de '' A Folia do Divino''. Durante muitos meses,os foliões percorrem os bairros rurais de São Luiz do Paraitinga e parte dos municípios vizinhos. Esse grupo têm a função de arrecadar doações para que possam ajudar na festa. Todo o ritual é feito em torno de uma bandeira,que é o centro das devoções da zona rural ,e então nela se colocam fotos de parentes da população,conforme cada casa em que ela passar. A folia do divino é formada por quatro foliões, sendo dois tocadores de viola, um de caixa de percussão e outro de triângulo e incorpora um ritual que procura reforçar a crença no sagrado. Em todo o município e, de forma mais acentuada nos bairros encostados na Serra do Mar, observa-se que a Bandeira é recebida com muito respeito e reverência.
Outra atração da cidade são os chamados “BONECOS”, “João Paulino e Maria Angu”. A apresentação do Casal de Gigantes nas festas religiosas e profanas é muito frequente. Eles representam a autenticidade do folclore local, aparecendo principalmente na festa do divino. A história é que o casal de bonecões teria sido feito pela primeira vez em meados do século passado por um português que veio morar em São Luiz do Paraitinga, o nome do português era João Paulino e ele percebeu que nas festas do Divino, já grandiosa naquela época, faltava uma diversão para as crianças. Eles são influenciados pelas tradições europeias, mais especificamente ibéricas. Em são Luiz, João Paulino era casado com uma mulher chamada Maria, que vendia pastéis de Angu (muito comuns em São Luiz).



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 CARNAVAL - Festa na qual o número de turistas é extremamente alto,portanto,sendo muito bem frenquentada.
As marchinhas são o que mais se destacam ,tendo a participação de mais de quinze blocos com os mais diversos temas. Há também um festival de marchinhas que ocorre antes mesmo do carnaval, e que ,a cada ano vem crescendo mais e mais,tanto nas músicas, quantos nas pessoas inscritas e também na participação de grandes nomes da música brasileira, como Zeca Baleiro, Tetê Espíndola e Wanderléia.
O interessante,é que em São Luiz do Paraitinga,não são tocadas as marchinhas populares,e sim aquelas que eles mesmo criam,portanto,são originais e possuem suas próprias canções.Estas,são tão populares ,que foram feitas em CD,sendo vendidas mais de 10 mil cópias .

                



Mesmo após a enchente que arrasou o centro histórico da cidade de São Luiz do Paraitinga há dois anos atrás, já neste ano, o tradicional Carnaval de rua já voltou à Praça Oswaldo Cruz. Na abertura da festa, o Bloco Juca Teles ficou encarregado de animar os foliões ao som de marchinhas. Homens e mulheres vestiam roupas de chita com fitas coloridas, entre outras fantasias.


FESTA DO SACI - Com o intuito de valorizar a cultura popular brasileira, ao invés de ser comemorado o halloween no dia 31 de outubro, que é uma festa de influência americana, em São Luiz do Paraitinga é comemorado a festa do Saci.
 É a terceira maior festa da cidade, depois do tradicional Carnaval e da Festa do Divino.
Ela agita o Centro histórico com brincadeiras e oficinas para as crianças, além de contação de histórias, música e várias outras atividades culturais.
O Saci foi escolhido para representar o dia, por ser uma "síntese do povo brasileiro”, assim valorizando e resgatando o folclore do nosso país.

 


Mais uma festa da cidade, é a FESTA DE SANTA CECILIA – a padroeira dos músicos , quando moradores de São Luiz misturam ritmos e devoção para comemorar. E como é tradição na cidade, a data foi marcada pelas composições caseiras.
A festa de Santa Cecília reúne os talentos luizenses para cantar obras de compositores da cidade. Musicalidade que serviu de cartão de visita para turistas de São Paulo. Pois na opinião deles é uma música tranquila, gostosa de se ouvir.

Os músicos se revezam no coreto para apresentar os ritmos que embalam São Luiz e a marchinha anima a platéia. 
 


              





Grupo Paranha:
História
Em idos de 1973, jovens luizenses filhos do compositor Elpídio dos Santos criaram um grupo alimentado pelo legado musical deixado pelo pai. 
Surge o Grupo Paranga (com Negão, Pio, Parê e Nena, todos filhos de Elpídio dos Santos), certo que a história pessoal e profissional de seus integrantes se funde com a história do grupo e este, por sua vez passa a ser a mais autentica expressão da história, da vida e da obra do compositor Elpídio dos Santos e, de alguma maneira, da efervescência cultural da sua cidade: São Luiz do Paraitinga.
Com o passar dos anos, sem preconceitos mas sem fazer conchavos e/ou concessões impostas por modismos ou pela mídia, o Grupo Paranga se manteve fiel a cultura de sua terra e a sua sonoridade que recebe forte influencia do caipira e do gingado de choro carioca no violão, dentre outros géneros. Uma sonoridade difícil de classificar porque simples, popular e ao mesmo tempo erudita. 
Em 1980 encontravam-se num só palco violões, violas, cavaquinho, percussão, naipe de metais, além das três vozes femininas. Esse conglomerado de instrumentos dava ao Paranga o curioso status de "big-band caipira".
A adesão de instrumentos de sopro, a maioria de instrumentistas oriundos da fanfarra da cidade, fazia com que a roupagem musical do Paranga destoasse cada vez mais da música caipira tradicional.  Não raramente, o naipe de metais executava melodias nostálgicas – arranjadas por Negão –, cuja sonoridade flertava com gêneros diversos, como a marchinha de carnaval e foxtrot.
Uma peça decisiva na montagem do mosaico musical do Paranga foi a vivência que seus integrantes tiveram junto à cultura popular de São Luiz.  Faziam verdadeiras peregrinações pelos bairros rurais da cidade, absorvendo os ritmos das folias de reis, congadas e moçambiques. 
Em 1981, depois de 20 anos sem carnaval em São Luiz do Paraitinga, fiéis as suas convicções, Negão e os então integrantes do Grupo Paranga lideraram um movimento que culminou com o resgate da tradição festiva, nos moldes das marchinhas como as quais seu pai, Elpídio dos Santos, havia composto nas décadas de 40 e 50. Ritmo contagiante, letras simples e a valorização da cultura e costumes locais foram o estopim para a festa popular que existe na cidade de hoje.

 


 
foto com:  Andréa, Ana Vitória, Paloma e Rafaela.



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