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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

3.5 Áreas de preservação e de proteção ambiental.

Foto: Mapa de preservação ambiental.


Consequências da ocupação urbana em São Luiz do Paraitinga


As formas históricas de exploração do solo rural da região, contribuem para o entendimento dos impactos antrópicos no meio ambiente e que colaboraram para a catástrofe de 2010, e conseqüentemente para os prejuízos à paisagem urbana.

Das razões antrópicas que ficaram evidenciadas, pode-se citar o extenso desmatamento de várzeas, encostas e topos de morros, que toda a região sofreu para dar lugar à exploração cafeeira, também pelas culturas do arroz, feijão, milho, algodão etc. Mais tarde, na virada do século XX, a região serviu à monocultura do gado, que teve decadência posteriormente, deixando uma paisagem rural muito devastada.

O intenso desmatamento, a troca da floresta natural por pastos e outras gramíneas, e principalmente o impacto constante do pisoteamento do solo pelo gado, são razões da diminuição da permeabilidade do solo, aumento do volume e velocidade das enxurradas, geração de erosões, assoreamento dos cursos d`água e, portanto, da ampliação das enchentes.

Das ações antrópicas na área urbana, que propiciaram a ampliação das enchentes e a formação de outras áreas de riscos urbanas, pode-se citar: 
  1. A ampliação da ocupação do solo no sítio histórico pela ampliação das construções nos fundos de lotes em direção às áreas de preservação permanente de várzeas;
  2. O desmembramento de lotes e conseqüentes ampliações de construções, especialmente nas fachadas criadas, pela introdução de uma via marginal ao rio Paraitinga;
  3. A expansão urbana do entorno do centro histórico;
  4. A ocupação de áreas de preservação permanente (APP) de córregos;
  5. A ocupação de forma não planejada das encostas e topos de morros;
  6. A ocupação de forma não planejada de regiões mais periféricas, atualmente consideradas como áreas de preservação permanente de topo de morro.

Como conseqüência, houve a inundação das áreas urbana e rural que se encontravam abaixo deste nível, incluindo o centro histórico de São Luiz do Paraitinga. Este foi o maior evento de inundação registrado no município, onde até então havia registros de cheias periódicas atingindo de 2 a 4m acima do nível normal do rio. Os bairros instalados em áreas de morros, por sua vez, apresentaram vários pontos de instabilização com registros de processos de escorregamentos de taludes de corte ou naturais,taludes de aterro, degraus de abatimento e trincas nos terrenos e/ou em edificações.


Grupo: Bianca Cavalhieri, Catarine Castro e Juliana Melo.



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